segunda-feira, setembro 04, 2006

Marina Lima



Diminuta e com uma voz tão singular, entrou em cena um pouco tímida, modulando seu tom com uma letra que falava de “sol primordial” e um punhado de poesia. Musa dos anos oitenta, não há ninguém da minha geração que não tenha sido embalado por sua música, não há pessoa que tenha nascido nos early 60’s que não tenha nela antevisto a mudança esperada dos baianos e mineiros que povoavam a MPB naquele tempo. Com todo o respeito aos baianos e mineiros, uma mudança se impunha.
E aí esteve ela sumida, shows só em São Paulo. Ignoro o porquê, já que pertence ao Rio. E o Rio lhe pertence, sempre lhe pertencerá. Foi o que a platéia carioca ontem lhe mostrou, e ela percebeu, e agradeceu, e deu bis. Houve um trecho do show (“Cícero”) que calou fundo. Nada como a poesia musicada, nada como a poesia de Antonio Cícero.
Enfim, era Marina Lima em cena. E, se já não fosse muito rever sua música (grande banda!), ela ainda me mostrou que é possível chegar aos 50 bacana, bacana.

12 comentários:

Frederico disse...

Está bacana mesmo, não é, Denise? vi uma foto sua (dela; tudo para escapar de "fotodela") esses dias, em alguma capa de revista; estava um charme... Mas vem cá: ela não teve um problema com a voz? melhorou? (bom, não só os dos early 60's foram embalados por Marina. Eu sou do very late 60's - 69 - e passei cantando "não é por nós dois, nem lembra o nosso amor...")

Denise S. disse...

Lembro-me de a Marina haver tido um problema na voz há um tempo atrás, quando caiu em depressão, e de havê-la recuperado. Cantando está ótima, mas ao fim do show, quando falou algumas palavras, a achei meio rouca.

Ricardo Rayol disse...

Bah Denise, eu a vi pagar o maior mico no Holywood Rock de 88 quando chovia canivete e ela nal conseguiu marcar presença e ainda por cima nos lembrou que tava chovendo horrores.

Anônimo disse...

Marina é mesmo simbólica para quem viveu os anos 80/90, mesmo que não pertença à turma dos early 60's, como é meu caso. Nuca fui a um show dela, mas agora deu uma vontade tremenda.

Denise S. disse...

Ricardo, eu me lembro desse episódio, foi de triste memória.
Obscenum, não perca o próximo show, acho que vc vai gostar.

CrissMyAss disse...

Denise, agora nós vai brigar feio.
Eu deteeeeesto essa Marina, símbolo da enganação predominante no meio artístico brasileiro. Do nada, "inventam" que alguém sabe cantar, e gente como ela, com aquela voz de marreco atropelado, vira musa do verão 20 anos seguidos.
Mas realmente, ela está mais bonita hoje do que há vinte anos, assim como Simone e a Paula Toler.
Cantar mal faz bem!

Denise S. disse...

Cris, brigar não vamos, que somos moças educadérrimas, apenas discordar com a elegância que nos é peculiar. Cá entre nós, ninguém conseguiria enganar tanta gente por tanto tempo, 20 anos é mto tempo. A moça tem valor. E é verdade que a idade lhe caiu bem, mas, para mim, o melhor exemplo disso ainda é a Maria Bethânia. Como é que ela conseguiu ficar uma coroa bonita tendo sido tão feia quando jovem? Mistério...

Anônimo disse...

Oi, Denise
em briga de mulher, homem nenhum deve se meter.
Mas, sem briga ou outra qualquer intenção, eu também gosto, muito, da Marina.
Aliás, eu tenho uma enorme queda pelo tipo de cantor, cantora, que tem pouca voz, mas tem boa interpretação.
Tipo Marina.
Beijos
fernando cals

St. Mário disse...

E a idade lhe agregou valores que nenhuma jovenzinha com voz tinindo poderia expor com tanta maestria. Fui ver Marina no domingo e saí de lá ainda mais apaixonado por ela. Saí do canecão eufórico, com um desejo voraz de consumir tudo aquilo que não percebi nos anos oitenta. Quero me jogar nos primórdios. Beijo.

Denise S. disse...

Mariozito, no domingo? Também eu!

St. Mário disse...

Eu acho que a gente se esbarra o tempo todo e não sabe. Eu já vi a sua fotita e você já conhece a minha careta mas ainda não é suficiente. Precisamos oficializar a nossa existência. Lembra do chope antigo?

Denise S. disse...

querido, anytime.