terça-feira, janeiro 12, 2010

mamãe na lagoa com seu hipopótamo


Deve ser o verão que faz os acalorados delirarem um pouco, não sei.  Seja o que for, o fato é que achei bastante inventiva a justificativa que meu pai deu para a louca que telefona para minha mãe ao menos vinte vezes ao dia (eu havia alertado que se tratava de uma maluca de jogar pedra na lua e que, ainda por cima, possuía requintes de chantagista emocional profissional.  É uma louca perversa, mas ninguém me deu ouvidos e ainda me chamaram de pouco compassiva): "ela foi buscar seu hipopótamo no Jockey Clube para levá-lo para passear na Lagoa, está muito calor".  É aí que entra a canícula porque a ela atribuo a razão de, ato contínuo, eu ter lisergicamente figurado minha mãe, em formato de história em quadrinhos, puxando pela coleira seu hipopótamo na Lagoa Rodrigo de Freitas.  E na sequência ainda a imaginei sentada num quiosque com o bicho deitado a seus pés enquanto ela conversava com minha madrinha que, por sua vez, tinha na coleira uma girafa, as duas tomando água de coco. Não tenho tanta imaginação, só pode ser delírio causado pelo calor senegalesco e inclemente: ontem, às 18:50hs (ou 17:50hs no horário normal), o termômetro marcava 39º C.  Nunca vi temperatura igual neste horário no Rio de Janeiro.  Já a louca de estimação, dada a delírios diuturnos, respondeu que o hipopótamo da mamãe ( "uma graça de bicho") deveria estar mesmo sentindo... muito calor.

foto capturada da Internet, uma praia na Polinésia Francesa.  Gostaria de ser a dona dos pés, menos pelos pés e mais pela praia.

sexta-feira, janeiro 01, 2010