sábado, maio 16, 2009

bye, bye, outro blog!


Estava bem quieta quando a Ana Luiza, minha amiga, me instou a criar um blog na comunidade 'globonliners' da página do jornal O Globo na internet. Relutei um pouco, depois pensei que lá poderia me focar no noticiário, enquanto que aqui permaneceria um canto para minhas bobagens mais bobagentas. O curioso é que o 'na blogosfera' teve milhares de visitas e, sabe-se lá o porquê, virou indicação na página inicial da comunidade. Nunca entendi como tantas pessoas podiam ler aquelas maltraçadas, nunca entendi como poderia ter mais de cem visitas por dia. É dessa substância intrigante que é feita a internet: muita gente, muito anonimato, nenhuma razão palpável. Por incrível que pareça, gosto disso, sempre achei muito chato ter que dar satisfação de onde ir, com quem e porque (talvez seja trauma herdado da adolescência, talvez tenha a ver com uma renitente mania de transgredir um pouco). Um belo dia, porém, recebemos todos um e-mail em que, secamente, foi anunciado o fim da comunidade. Tínhamos todos trinta dias para salvar nossos escritos. A razão? Não se disse. O que virá em seguida? Tampouco. Não admiram tantos protestos e estranhamentos; afinal, era uma... comunidade! E comunidade na internet não se desfaz assim. Ou será que se desfaz? Andei pensando: não é realidade total, mas também não é ficção. Não é algo sólido, mas não diria ser líquido. Está mais para o etéreo, uma substância gasosa que, ao subir, vira nada. Enfim, a pós-modernidade e suas idiossincrasias, conosco no meio.
foto de Ernesto Martins