terça-feira, outubro 31, 2006

quando?

na praça em que há um chafariz incrível
na esquina em que se ergue uma palmeira inóspita
ao lado do Edifício Argentina
perto daquela igreja gótica
em frente ao sinal onde a louca esbraveja intrépida
ali, no lugar em que eu estacionava o carro

tudo isso só pra te perguntar
(se é que ainda não deu pra perceber):

quando é que a gente se vê?

11 comentários:

Frederico disse...

Ainda para o careca? :-)
(Não ligue não, por favor: sou assim, cheio de xistes. E sério, digo: seja lá sobre o que for, ficou bonito, como soi ser).

Denise S. disse...

De jeito nenhum, Frederico... Não é para ninguém, apenas me ocorreu.
Sempre maltracei uns poeminhas e nem sempre têm destinatários certos. No mais das vezes são, apenas, fruto da minha imaginação.

Frederico disse...

Pois ficou ótimo! pouco sei rimar e menos poemar... mas gostei da louca esbravejando intrépida, junto à palmeira inóspita da igreja gótica... Ou uma louca gótica, na porta de uma igreja inóspita, próxima à palmeira incrível... Ou ainda a igreja que não se vê e que tem (mas ninguém percebe) um chafariz inóspito... (lembrei de "Construção").

St. Mário disse...

olha eu aqui outra vez. revigorado. adorei o poema, baby. bjs...

Anônimo disse...

Gostei muito do poema!!! Mesmo!

Ricardo Rayol disse...

Espero que seja logo :-)

mandou muito bem. Mas o que tem a ver careca com a estória???? rs

Denise S. disse...

Ricardo, o careca a que se referiu o Frederico é o jornalista que não quis me conhecer.

Denise S. disse...

outras coisa: o lugar existe de fato e é a Praia de Botafogo, na altura da Fundação Getúlio Vargas. Está tudo lá - o chafariz, a palmeira, o Ed. Argentina, a igreja e a louca.
Parada no sinal,imaginei esse poeminha.

Anônimo disse...

Oi, Denise,
a isso eu chamo de um recado como convém.Falar nisso, ele veio?
Sempre belos os seus "escritos".
Beijos
fernando cals

Anônimo disse...

Denise, lendo seu poema eu pude ver o lugar do chafariz, da palmeira, da igreja e do estacionamento. Passo sempre por ali e agora sempre que passar vou lembrar dos seus versos e me questionar se a palmeira é mesmo inóspita. Me parece insólita.
Ainda não vi a louca, mas certamente verei.
Adoro o que você escreve. Você não anda nada quieta no seu canto. Está sempre ocupadíssima.
Beijos, Paula

Denise S. disse...

Obrigada, Paula, vc é um doce de pessoa. Sempre foi.