quarta-feira, março 28, 2007

O que a Internet mudou na sua vida?

Para mim algumas coisas mudaram. A mais importante certamente foi contar com uma valiosa ferramenta de consulta para o trabalho, e não saberia dizer como vivi até aqui sem ela. Parece banal, mas é muita coisa poder acompanhar um processo judicial “à distância”. Poupa-me o potássio que perco quando transpiro, o dinheiro do táxi, minha rala paciência nos cartórios, uma ou outra sola de sapato. É bem verdade que roubou o rasante no meio da tarde, mas rasante obrigatório não tem graça.
Outra coisa foi ver um certo triunfo da palavra escrita. Sempre se falou muito, sempre se escreveu pouco. Agora não, agora todo mundo escreve e o e-mail é prova disso. É curioso porque realmente se escreve como se fala. Às vezes me parece até que, lendo um e-mail, estou vendo a pessoa falando na minha frente, seus trejeitos, entonação e gestos. Esta é uma das formas mais eficientes de aproximação de pessoas que já vi depois de um vinho à mesa.
A outra eu diria que foi não tirar do armário, mas da gaveta. Da gaveta para a virtualidade, é isso o que acontece. Esses blogs nada mais são do que a abertura dessas gavetas, aquelas a que se refere Virginia Woolf como o destino certo de uma idéia latente ou natimorta. Além do mais, aproximam pessoas pelas suas idéias ou as contrapõem também pela mesma razão.
Nunca pensaria ficar tão afeita a uma tecnologia, esta coisa tão recente. Assim como jamais poderia supor que ficaria tão vidrada em yoga, esta prática tão antiga.

12 comentários:

Anônimo disse...

Trocentos anos menos que tu (sou do tempo di rádio "galena".
Sei lá se sabes dessas coisas?
Daí, fomos evoluindo prá "evolução" do rádio (um padre gaúcho, tinha um nome que não me lembro ao certo "talvez Lauren de Maura" juntou um monte de fios e ôtras coisas, além de fones do "telefone" do Grão Bell, que havia robado a patente de ôtro "pobre" judeu.
E, aí, depois de toda essa merda, passando pela evolução das ondas médias,curtas, TVs, FMs, afinal chegamos à internéti.
Espero que um dia ela (NET) ti traga inté aquí em minha casa,para que eu tenha, ao vivo, juntar e reajuntar todos os pedaços que, pelo que noto nàquela foto com tua amiga, estão todos nos devido lugares.
Um bezo.
Não li o que escrevi.
Strix.

Anônimo disse...

desculpe Denise, tenho ciúme dàquela foto da Roberta em que tu diz quéla diz que tu é só dela.
Strix.

Frederico disse...

Veja, uma boa notícia: estou de volta.
Hum, tantos posts seus... tenho que me atualizar; dei uma olhada nos títulos. Escreverei em breve.
Beijos.

Lord Broken Pottery disse...

Denise,
Vim direto do blog do Adelino, dei um rasante aqui. Gostei, virei mais vezes. É como você bem disse, a vitualidade aproxima as pessoas.
Beijo

Denise S. disse...

Lord Broken, é um prazer. A casa é sua.

Ricardo Rayol disse...

A maior vitória que tive foi me encorajar a dominar os meandros sinuosos da palavra. O alcance da internet também é incrível

Anônimo disse...

Digo o mesmo. Para mim trouxe horizontes impensáveis anos atrás.

Edhy Santos disse...

Foi por causa desta vital virtualidade que cheguei até você.Gostei muito. Queria linkar este post, posso?
Abraços

Denise S. disse...

Claro que pode, Edhy, só me dar o crédito.
E volte sempre!

valter ferraz disse...

Denise, tens toda arazão. Como conseguíamos viver sem a internet?
Parece que foi ontem ainda dedilhávamos à máquina de escrever, ou engavetavamos os escritos à mão, envergonhados. Hoje não. Tudo vai para o ar, imediato.
Um beijo

Denise S. disse...

Valter, é mesmo. Às vezes vai até muito rápido...

Anônimo disse...

me fez me descobrir escrevendo
terapeuticamente