segunda-feira, setembro 01, 2008

Zeca e o Silêncio

Primeiro eu queria falar sobre a bocada de que dispuseram os blogueiros na cobertura da convenção do Partido Democrata nos EUA: uma tenda com variadas mordomias, mil comidinhas e bebidinhas, tudo patrocinado pelo Google. Li numa edição física do Globo, reportagem de José Meirelles Passos, ele mesmo um blogueiro da quintessência da blogosfera que, vá entender, não deu essa notícia no seu próprio blog. O fato significativo é que há quatro anos atrás foram cadastrados 40 blogueiros para a convenção e agora mais de 500. Depois pensei em falar sobre a última crônica da Cora Rónai em que conta sua alegria de haver recebido um livro de uma blogueira que admira e freqüenta, e por quem também é freqüentada. Não me lembro mais do seu nome nem de seu livro, separei o jornal e não sei onde o guardei.
Não falei e acabei perdendo o fio da meada.
Quis também comentar um texto da Dira Paes publicado na Revista do Globo de 24 de agosto chamado “Eis o mistério da fé!”. Com muita doçura e precisão, Dira consegue dizer o que para ela significa ter fé e, sem pieguice ou tom messiânico, descreve uma ocasião em que estava em especial comunhão com a natureza e que percebeu haver recebido um sinal, tempos depois identificado como o anúncio da gravidez que viria. Espero um dia conseguir falar sobre o que para mim significa ter fé, algo que me veio tardiamente e que também se revela, a cada vez , de forma bastante singela. Não mudei de religião, não me converti a nenhuma seita, não foi nenhuma ruptura com nada. Um dia falo disso.
Mas o que eu queria mesmo era conseguir falar sobre o Zeca, meu poodle por 13 anos, alguém que me ensinou imenso sobre amar e sobre cuidar. Fomos incondicionalmente amigos um do outro. Ele partiu, nos deixou no dia 19 de agosto. A casa está vazia, assim como vazio está meu coração.
Mas disso eu não consigo falar.



foto do meu arquivo pessoal, Zeca atendendo a um dos comandos de que mais gostava: "vamos viajar?"

6 comentários:

Renata Fern disse...

Sentir já basta!

O meu filhote "John Lennon" é tudo pra mim... uma relação que jamais tive com outro cachorro ou um ser humano...

Sobre fé... tem uma música dos paralamas que sempre me vem à cabeça: "a arte é de viver da fé, só não se sabe fé em quê!"

Olhe para o céu e siga em frente!
Beijos,
Rê.

Anônimo disse...

Denise, já passei por isso, ou melhor, a nossa família já passou por isso. Sei do que está falando. É uma vazio terrível, todo mundo sem graça, vemos o comedouro onde o amigo tomava as refeições, seus latidos, suas brincadeiras, seus olhares. Mas tranquilize-se porque à medida que o tempo vai passando a dor vai se amenizando. Não que a gente esqueça, mas quase que se acostuma.
Um beijo.

Anônimo disse...

A coleira?
Tu é quém escolhe.
A "tala" corrente?
Levo eu
Fidelidade?
Aúúúúúúú!!
aú.....au!
Strix.

Anônimo disse...

Nunca mais acessei o blog. Hoje , após uma viagem , nem sei bem por quê , resolvi dar " uma olhada" e , com um choque que me fez explodir em choro , deparei-me com a notícia da partida de Zeca. Doeu como se fosse meu.Triste , triste. Casa e coração ficam realmente vazios e a saudade é como uma lança afiada que machuca e dói.
Sinto imensamente e tive que me expressar , muito embora ...tudo.
HP.

Roberta disse...

Queridíssima amiga,

Qd a Vickinha se foi,quis gritar pro mundo sobre sua partida,mas poucos ouviram o que eu tinha a dizer.
Nao da' pra explicar o que eh amar e ser amado incondicionalmente,sendo que pra isso sua presença baste.
Sabe "aquele" abraço que nos faltou um dia??? Ela me transbordou de vários pelo seu amor animal.
Me desinteressei de ter outro depois que partiu...durante dois anos curti a vida sem hora pra voltar...
Ate' que uma explosão de alegria chamada FLORA fez do meu coração o seu canil, me mostrando que cada lagrima..mas ..C-A-D-A la-gri-ma messsssmo, VALE a felicidade imensa que eles nos dao em vida.

Um bju em vc..no nicola e no seu pra sempre Zequinha.

St. Mário disse...

smack!