sábado, julho 17, 2010

uma teoria para joão carlos

Devo-lhe uma teoria, João Carlos.  Sim, falei que deveria haver uma explicação para a febre que assola as nações em época de copa do mundo e acho que encontrei.  É meio simplório, reconheço.  Equivale a tal febre a um oásis no deserto, a uma ilha no meio do oceano, a um refúgio completo das tribulações do dia-a-dia.  Simples simples.  Ninguém tem que pensar em muita coisa, ou ao menos não muito profundamente; afinal... é época de copa do mundo e o desempenho da seleção é o que verdadeiramente importa.  Nada mais tem muito apelo.  E esse oásis, numa época em que celulares tocam sem parar e tourear uma caixa de entrada de correio eletrônico deixou de ser banal, é um refrigério no meio do sertão nordestino profundo em tempos de seca prolongada.  Esqueça e-mails, ligações, pentelhações de toda ordem.  Esqueça-se.  O que de fato importa é se sua seleção vai ganhar, de quem, por quanto.  O que fico me indagando é se em tempos de globalização essa história de seleção do próprio país ainda faz sentido.  Alguma teoria?  

5 comentários:

Tiago Cruz disse...

Denise,
concordo plenamente com a sua teoria com apenas um senão: ela só se aplica ao que chamamos de torcedores-turistas. Ou seja, aqueles que só descobrem o futebol de 4 em 4 anos.
Pra quem gosta do jogo, a Copa é o ápice da arte. Não importa que o brasil-sil-sil apresente uma seleção vergonhosa. Importa a qualidade do que nos é apresentado. Importa a emoção e a devoção dos jogadores dos mais diversos cantos do mundo numa competição que significa um marco na carreira de qualquer um. Desde o gandula até o artilheiro campeão.
Abs,
Tiago.

João Carlos disse...

Denise, muito obrigado pela deferência especial.
Isso é complicado demais mas vamos lá, tentando dar sequencia na teoria.
Acho que todos nós precisamos destas "febres" para seguir adiante. Cada um encontra os seus oásis, suas ilhas, e vai seguindo superando as suas dificuldades. A Copa é uma febre coletiva que não precisa de desculpa. É uma ilha pra todo mundo (até o "chefe" entende). Tá na hora do jogo...danem-se os e-mails, telefonemas etc.
No Brasil é especial. É o momento em que nos sentimos completamente brasileiros e mais, superiores aos outros povos até com uma certa justiça.
Ao contrários de nós, que tendemos a achar tudo que é importado melhor, alemães, japoneses, americanos, franceses e outros se acham superiores o tempo inteiro.
A globalização aumentou a competição. Em tempo de globalização acho ainda mais importante a noção de "próprio país" como vc mencionou. Para viver bem no mundo precisamos começar vivendo bem no nosso país, na nossa cidade, bairro e conosco mesmo. Se não, não dá pra ser feliz.

Denise S. disse...

Tiago e João Carlos, obrigado pelos comentários. E não é que uma teoria puxa outra?

PROF. LEANDRO VELLOSO disse...

Eu tenho uma Teoria,na verdade uma frase que aprendi com a vida:


"O sucesso substitui todos os argumentos."
Freud

Abs

Leandro Velloso

João Carlos disse...

Oi Denise,
Aqui vai um convite para você você ler "Maradunga" lá no Cariocadorio.
Vai lendo na diagonal porque tem muito sobre futebol. O que interessa está no final.
http://cariocadorio.wordpress.com/2010/07/31/maradunga/

Leandro, permita-me ousar adicionar à frase de Freud:
...a derrota também.