segunda-feira, fevereiro 01, 2010

seria ele um ponto de interrogação?

Uma amiga outro dia num e-mail disse que não interrogava porque a interrogação se recusava.  Dito assim parece bizarro, mas era simplesmente uma queixa sua do teclado.  É que fica tudo muito engraçado dito por ela, uma criatura estóica, o deboche articulado pelos sérios é sempre especialmente divertido.  Insiste em ser o ponto de interrogação da vez o "g": acabo de ler que cientistas franceses, contrariamente ao que afirmaram os cientistas ingleses há pouco tempo, juram de pé junto sua existência.  Ora, que coisa! Que potin no meio científico! Todo o rigor da ciência e anos de pesquisa em torno de tamanha interrogação, alguns milhares de euros e libras gastos em torno dela.  Calculo que seja um pouco mais do que o Mar da Mancha a separar ambas nacionalidades e indago se não haverá nada melhor para se  pesquisar.  Sim, porque não se trata de um tricotar feminino, de uma quimera gestada pelo ondular do estrogênio, e sim de pesquisa ci-en-tí-fi-ca, que demanda recursos e tempo e projetos e pessoas e etc.  Debaixo do Equador e em tempos de carnaval, imagino uma antiga marchinha para o "g": "olha o ponto g das muié, o que será que ele é, o que será que ele é?" 

foto capturada no site do Globo ontem, o carnaval de rua no Rio de Janeiro. Evoé, Momo!